22.7.11
Referências Espinhosas
Algumas referências do artigo de JNogueira Pinto publicado no Semanário Sol de 15 de Julho de 2011 remetem-nos para os tristes casos de abandono a que Portugal sujeitou os africanos que honradamente se bateram ao lado das NT, na nossa derradeira guerra africana.
Se não fosse possível obter garantias de respeito da sua integridade física da parte dos antigos movimentos de guerrilha, seria imperioso dar-lhes a cidadania portuguesa e a garantia do seu recolhimento à velha Metrópole.
Menos do que isto seria - como foi - indignidade que ainda hoje não encontrou remissão.
Entretanto o tempo vai passando, escavando o remorso.
Quem pede a outrem o risco da própria vida para defender aquilo que entende serem os seus direitos deve assumir integralmente as consequências do sacrifício pedido.
Quem poderá ainda agir em nome de Portugal para tentar reparar este compromisso incumprido ?
AV_Lisboa, 22 de Julho de 2011
O que aqui refere será talvez a maior nódoa negra da nossa História recente.
A descolonização, que de exemplar nada teve, foi feita sem cuidar minimamente dos interesses legítimos dos portugueses que viviam nas colónias. Mais grave ainda, não cuidou dos interesses legítimos dos povos colonizados, que foram abandonados à sua sorte.
Mas é bom lembrar que tudo foi cuidadosamente planeado e executado pelo maior traidor que alguma vez nasceu em território português: Álvaro Barreirinhas Cunhal. Essa sinistra personagem, com a sua máquina partidária bem oleada, só se importou com os interesses da famigerada União Soviética, a sua verdadeira Pátria.
Depois de fazer o seu trabalho sujo, passados que foram catorze dias sobre a "independência" de Angola, a última colónia a ser entregue à esfera de influência dos seus patrões, entregou o poder aos conjurados do 25 de Novembro de 1975 e lavou as mãos, qual Pilatos, como se nada fosse com ele.
Cumpts.
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